segunda-feira, 27 de abril de 2009

Tropfest NY




Grande mensagem e uma música belissíma. :D

sábado, 11 de abril de 2009

Chuva na janela.

Um som qualquer me acordara naquela manhã de sol escondido. Uma brisa fria entrou pela janela do quarto enquanto eu observava quase inconsciente o dia entregue, á porta dos meus sonhos, ao abrir dos meus olhos e do meu coração. Água fria, sabor á menta na boca. Sem maquiagem. Nunca gostei de máscaras nem disfarces. Tenho olheiras mesmo. E quase rugas. Não me importo tanto assim. A vida traz marcas bem mais fundas que a imagem dos meus olhos naquele dia. Gosto da verdade crua. Crueldade é não ser feliz todos os dias. E o tempo passa loucamente quando pensamos em desistir. Aqueci o motor do carro, liguei o rádio e a música era suficientemente calma para me deixar viajar. Viajei até aquele jardim que outrora via nos meus sonhos de menina. Pensar em tudo é como criar o roteiro de um filme. Um filme entregue á ternura do saber apenas não saber de nada. E do querer somente o pouco de cada sorriso, o pouco que tivesse sido dado. Sempre tive ambições exigentes. E ainda assim contento-me com os pequenos acasos! Sou irritantemente exigente. E daí? A vida é um espelho. E eu quero que ela me veja grande. Ser grande para assumir as verdades do coração! É preciso ser grande até para reconhecer-se fraco. Reconheço a minha pequenez. E vejo o meu limite! Vai até ao infinito do que acredito. Confesso, não sei poupar! Para quê? Nada é meu. E o tempo passa! E leva tudo. Antes que ele leve, eu dou! Dou o que tenho de melhor. E depois espero que também queiram o meu pior! O meu pior tem a pretensa mania de querer melhorar! E essa busca insensata me leva sempre ao lugar que devo estar. Sou e estou onde devo. A minha dor tem poesia e o meu olhar... O meu olhar tem desejo de entregar-me!

domingo, 5 de abril de 2009

Florbela Espanca

Saudades

Saudades! Sim... talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!

Florbela Espanca