quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Descobri. E agora?

O meu coração é pequeno para tudo o que sinto, para o que sou na maior parte das vezes. É pequeno para caber tudo o que é me dado. Meu coração é pequeno e é por isso que transbordo. Todos os sentimentos e emoções que não cabem arrumadinhas dentro dele, saem e espalham-se. Tranformam-se em cartas que escrevo, poesias que invento, palavras que jogo na cara, na minha e na dos outros. Querem transformar-se em alguma coisa para fora. Em serviço, em doação, em amor gratuito. Porque é demais só para mim e preciso partilhar. Dar á todos, dar aos que amo e dar também á qualquer um. O meu coração é pequeno para tanto e é por isso que transbordo. Sou uma ebulição de sentimentos, todos verdadeiros, todos doloridamente intensos, todos com um pouco de mim e um pouco de imensidão. Descobri agora a minha transparência, a minha urgência em dizer e fazer. Descobri agora o motivo da minha intensidade, da minha falta de contensão, e daquilo que chamam loucura. Descobri agora o porquê da minha vontade de saltar no escuro, voar para o desconhecido, entregar a alma. Descobri o que me leva a ser tão confiante e tão inconsequente ás vezes: meu coração. O meu coração não cabe só dentro de mim. O meu coração é o mundo inteiro. O mundo que cabe no meu abraço, o mundo onde chego e onde quero chegar.

"Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração."

1 comentário:

Thaís Alves disse...

Lindo texto, eloqüente, intenso. Que você continue assim, intensa, porque é como vivemos as maiores e melhores histórias da nossa vida. Beijos